quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Amanhecer do Amor





Quando o dia amanhece e o sol começa a clarear tudo, as estrelas se apagam, uma a uma, os pássaros começam a cantar saudando a luz, toda a natureza desperta... As flores se abrem enchendo o ar de perfume, os peixes se dirigem à superfície atraídos pela claridade, o vento ainda está soprando frio, desanuviando tudo, a maioria dos humanos dorme ainda. Alguns apenas se levantam, muito a contragosto, para cumprir horário de compromisso. A roda da vida dá mais uma girada e uma nova etapa se inicia... 

Muitos recebem este novo dia com esperança: vão reencontrar amores que partiram, vão festejar uma vitória, vão realizar um sonho, vão cumprir uma meta, estão certos de resolver um problema. 

Outros não têm sequer vontade de levantar da cama para enfrentar mais um dia, que suspeitam e acreditam até, será igualzinho aos anteriores, sem cor, sem brilho, sem qualquer novidade. Forçam-se a acordar, mas já estão desesperançados, já não acreditam na renovação trazida pela própria vida, a cada instante. São velhos em corpos nem sempre gastos, são seres amargos que desaprenderam como amar as pequenas coisas, como apreciar a beleza sempre presente neste planeta. 

Feliz daquele que saúda o novo dia com esperança! Que se entrega ao fluxo dos novos acontecimentos que não pode controlar, com confiança e tranqüilidade, tendo a certeza de que sempre acontecerá o que for melhor, mesmo que isto não venha a ser agradável. 

A paz advém desta certeza de que nunca se está só, de que fazemos parte de um plano sábio e muito bem elaborado, de que um dia todos chegaremos a nos sentir completamente felizes, não importa quanto tempo isto leve. 



Partir é também chegar em algum lugar. Quando perdemos alguma coisa, alguém está ganhando e quando sorrimos, muitas vezes fazemos alguém chorar. Na relatividade das coisas está todo o bailado da vida, onde estamos sempre nos deslocando para algum lugar, onde os nossos sentimentos sempre se modificam, ora mais alegres, ora mais tristes, sem que na maioria das vezes possamos compreender o porquê. 

Nesta caminhada, dobrando esquinas, cruzando caminhos, tropeçando em espinhos e às vezes caindo em buracos, vamos vivendo, encontrando pessoas que nos ajudam, outras que nos acusam, algumas que nos abusam, outras que nos amparam, nos abraçam e nos amam. 

Importante é nunca desanimar, nunca parar. É preciso continuar, não deixar de andar. A felicidade mora no coração que está em paz, que ama a todos e a tudo, que sabe perdoar e, principalmente, que aprendeu a esperar com confiança por dias melhores. 

O acaso não existe. Tudo acontece com uma razão. Confiando nisto nos sentiremos fortes e acolheremos o novo como a uma visita inesperada, mas bem vinda. Observaremos os nossos sentimentos diante do que nos chega, procuraremos aprender com tudo que acontece, pois aqui estamos numa escola, onde muitas vezes um segundo pode ensinar muito mais do que uma hora... 

Os sonhos, que os guardemos! São estrelas que brilham e iluminam as nossas mentes. Quando a tristeza por alguma razão chegar, lembremo-nos deles e deixemos que nos mostrem como o nosso futuro será, pois a tempestade há de passar!


                                                    Texto de Maria Cristina Fraga Tanajura 

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